A Colômbia é o país perigoso para todos aqueles que lutam contra o fosso que divide ricos e pobres, contra a falta de direitos laborais, e contra a falta de pluralidade democrática. Neste país, e desde 2002 foram assassinados cerca de 900 sindicalistas pela mãos dos paramilitares e de guerrilhas ligadas ao governo. Segundo a Amnistia Internacional, está em curso, neste país, uma estratégia paramilitar coordenada com o objectivo de menosprezar o trabalho dos sindicalistas, através de eliminações físicas e da censura e repressão em relação às actividades sindicais.
A mensagem do poder político, e seus braços armados, parece clara: Não se queixem das condições em que vivem nem ousem organizar campanhas para proteger os vossos direitos, pois serão calados a qualquer preço.
Num país em que se tenta vender a ideia de que o inimigo da democracia está na selva, assiste-se diariamente a atentados contra as mais elementares valores da mesma, protagonizados pelo regime vigente e seus amigos. Uribe é um homem esperto. Conseguiu construir um inimigo, que pela especificidade da sua condição e da sua luta, não tem acesso às mesmas "armas" da guerrilha governamental. A mesma acção, protagonizada por paramilitares governamentais e pelas FARC, têm reacções completamente dispares por parte das organizações políticas mundiais. Inverter esta tendência é missão quase impossível.
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