Ingrid Betancourt foi, esta semana, libertada pelos paramilitares colombianos, depois de vários anos presa na selva colombiana. Depois de muito se escrever acerca do estado de saúde de Ingrid, parece agora que este é bastante razoável, tendo em conta o seu largo período de cativeiro. Confesso que, e acreditando naquilo que ia lendo na imprensa e nos blogs do costume, estava à espera de ver uma Ingrid moribunda, incapaz de se manter em pé pelos seus próprios meios, e com várias marcas de maus tratos. Tal não aconteceu e ainda bem para ela e para as FARC.
As reacções em Portugal foram as esperadas. Os alinhados do costume não pouparam vivas a Uribe, e as "standard sentences" em relação às FARC fizeram-se ouvir num volume mais alto do que é costume. Não há ninguém no mundo que não se congratule com a libertação de Ingrid e de todos os outros que com ela foram libertados.Mas há aqueles que continuam a olhar para este conflito na Colômbia com a mesma parcialidade e ignorância com que olham a situação no Iraque ou para a ilegalidade de Guantânamo. A estes não adianta apresentar factos acerca da história da Colômbia, factos acerca do passado de Uribe enquanto governador de Antioquia, nem da história da luta da guerrilha contra Rojas Pinilla. A estes não adianta dizer que a União Europeia passou a classificar as FARC como organização terrorista somente em 2001, depois da insistente pressão dos EUA, e depois da Comissão Europeia e o Parlamento Europeu se terem negado a faze-lo repetidas vezes. A estes, basta a básica resposta do "porque sim", pois são incapazes de ver para além daquilo que lhes é colocado à frente do
Depois da libertação de Ingrid, olho com interesse para o futuro da Colômbia. Com a libertação de Ingrid, ganham os Colombianos, ganha o mundo.
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